
Fernando do ó
Juarez Fonseca descreve Fernando como “um maestro e sua orquestra”, destacando seu domínio de instrumentos que vão do tamborim ao vibrafone. Arthur de Faria, em seu livro Um Século de Música, o define como “um dos maiores e mais criativos percussionistas brasileiros”.
Fernando do Ó é percussionista com sua trajetória iniciada em julho de 1980. Sua estreia profissional aconteceu no espetáculo A Voz do Brasil, a convite do pianista Geraldo Flach, e desde então se tornou referência na percussão do Rio Grande do Sul. Em 1982, participou de seu primeiro evento internacional ao lado do percussionista mineiro Djalma Corrêa, no Jazz Fest Berlin, realizado no teatro da Filarmônica de Berlim.
Apresentou-se em temporadas internacionais pela Argentina, Uruguai, Venezuela, República Dominicana, Alemanha, Áustria, Portugal, Suíça, Holanda, Dinamarca, Nova Zelândia e França, consolidando uma trajetória de relevância no cenário da música instrumental.
Fernando também se destaca como educador e pesquisador. Foi pioneiro em oficinas de percussão no Santander Cultural, ministrou aulas na UFRGS, Unisinos e universidades de Santa Maria e Passo Fundo, além de atuar em cidades como Viamão, Montenegro, Nova Prata e Jaguarão. Por 19 anos, trabalhou na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), onde lecionou percussão para crianças e adolescentes no Programa Esporte Integral.
Sua atuação se estende à criação de trilhas para cinema e eventos especiais, tendo sido citado por Amyr Klink no livro Parati II – Entre Dois Pólos. Foi homenageado pela Coordenação de Música de Porto Alegre em 2013, no POA Instrumental e no 2º Encontro Nacional Bateras do Sul, em Canela.
Nos últimos anos, integrou o POA Jazz Festival com o grupo Raiz de Pedra (2020) e o grupo de Carlos Badia (2023). Participou também dos 25 anos da ALA Cultural de Florianópolis, na Sociedade Cultural e Artística de Jaraguá do Sul, e do Festival de Música de Nova Prata, ao lado do baterista Zé Montenegro.
Foi contemplado nos projetos Trajetória, Marco Polo e Funarte, conquistando o 3º lugar nacional com nota 91,8 em um vídeo sobre percussão brasileira. Desde 1998, dirige o grupo musical do Bailado Gaúcho de Nova Prata, responsável pelo Festival Internacional de Folclore, o único da América Latina autorizado pela Federação de Festivais Internacionais de Dança (FIDAF) a promover concurso mundial.
